Mãos à OPA
Em primeiro lugar a OPA só será realizável se o Michael Douglas prescindir ou vender a sua posição Golden Share sobre a Catherine. Não é de todo razoável que um sócio minoritário conduza os desígnios da mesma, muitas das vezes de forma discricionária, pouco informada e irresponsável.
Muito bem, vou abrir o jogo. Não faz sentido não o abrir quando a operação que me proponho realizar é sobre a Catherine. Se esta minha OPA for para a frente prometo equilibrar as coisas para que a Autoridade da Concorrência (AdC) não encontre motivos que julgue molestarem às leis do livre e sano mercado. Então será assim: Haverá uma primeira fusão entre a Catherine e a Scarlett Johansson objectivando a amenização dos extremos. Nem tanto ao mar nem tanto à terra, nem tanto no preto nem tanto no branco. Sei que desta fusão resultará um oligopólio em termos de voluptuosidade o qual pretendo enrijecer, tonificar e elevar no que à média de alturas concerne, com uma outra fusão, após o primeiro ano e de forma mais suave, com a mulher do gás (se alguém souber o nome da menina que me ajude… quero iniciar os contactos). Esta última operação só será exequível após a afinação da transacção Catehrine/Scarlett e sempre pendente do seu bom desempenho.
Em termos de garantias para o decurso equilibrado desta OPA poderei ter que proceder à feitura de uma Oferta Pública de Venda (OPV) sobre a Nicole Kidman. Da OPV Nicole prevejo um encaixe que me dará para financiar de imediato metade da OPA Catherine. Terei que recorrer a empréstimos, como é óbvio, para financiar o outro tranche da OPA, passivo esse que prevejo saldar no curto prazo. Bem… Porque se encontra a um juro muito em conta, baixo diria mesmo, apresento a Jennifer Ariston como uma das garantias ao credor. Se for preciso recorro também a uma Uma Thurman por considerar que há no mercado empresários que podem fazer muito melhor do que aquilo que eu sou capaz de fazer por ela.
Já ponderei também numa possível contra OPA por parte da Catherine. Se ela se propuser a comprar alguma parte de mim, aceitarei sem quaisquer restrições e a OPA inicial será de imediato cancelada. Esta possibilidade é no entanto muito improvável porque acredito que os valores que me proponho a oferecer nesta OPA tornam-na irresistível. Por outro lado, muito dificilmente aparecerá alguém capaz de fazer uma proposta (OPA concorrente) mais séria, credível, com estrutura e futuro, e de longo prazo como esta que eu aqui apresento. Devido às circunstâncias em que a faço, e porque informei previamente todos os principais interessados, tenho a certeza que a Catherine não a encarará como uma OPA hostil.